São João Del Rei
São
João Del Rei foi fundada entre 1704 e 1705, inicialmente chamada de Arraial
Novo do Rio das Mortes. A cidade foi criada para ser um ponto de entreposto
entre Paraty-RJ e as cidades da região central de Minas Gerais, mas a
descoberta de ouro na região fez com que São João Del Rei também se tornasse
ponto de mineração. A
cidade foi um importante centro econômico e cultural no período colonial
brasileiro, tendo sido ponto de partida para a exploração do interior do país.
São João Del Rei é conhecida por suas igrejas barrocas, ruas de paralelepípedos
e casarões coloniais preservados.
Nossa Senhora das Mercês é uma das designações
atribuídas à Virgem Maria na Igreja Católica.
A devoção originou-se na Espanha, daí também ser conhecida por
Nossa Senhora das Mercedes, e foi popularizada pelo frades da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada
por São Pedro Nolasco. Foi considerada protetora dos
cristãos cativos dos mouros na África,
principalmente os marinheiros e
mercadores subjugados no Mar Mediterrâneo. A devoção chegou a Portugal, onde
difundiu-se de Alenquer para Santarém e para Lisboa. A
devoção foi trazida pelos frades mercedários para
o Brasil, onde
floresceram diversas confrarias,
formadas principalmente por escravos, os
quais consideravam Nossa Senhora das Mercês padroeira de sua libertação.
A Igreja de Nossa Senhora do Carmo localiza-se
no Largo do Carmo da cidade de São João del-Rei. É uma das principais igrejas
coloniais da cidade.
Erguida na fase áurea do rococó, a igreja traz inovações do
estilo: a portada ricamente decorada por elementos escultóricos e as torres
octogonais ligeiramente recuadas do plano da fachada.
O interior apresenta obra de talha de magnífica execução, mas
sem o douramento comum às igrejas coloniais mineiras. No consistório há um
conjunto de mesa com oito pés e cadeiras de alto espaldar em jacarandá, típico
do período setecentista, atribuído ao artista Manuel Rodrigues Coelho, que
realizou a capela-mor, os púlpitos e o medalhão do arco cruzeiro.
Na capela-mor há
duas telas do
pintor alemão Georg
Grimm. Na nave central destaca-se uma imagem
inacabada de Cristo sem
braços.
A Paróquia do Senhor Bom Jesus do Monte,
em São João Del Rei, foi criada por Decreto Episcopal em 1º de Abril de 1999 e
a quase totalidade de seu território desmembrado da Paróquia Catedral
Basílica de Nossa Senhora do Pilar. Como primeiro pároco, foi designado o Padre Jose Roberto Vale Silva, e segundo
é o Padre Ilton de Paula Resende.
Não se conhece a autoria da imagem do Bom
Jesus, por existirem documentos do início da construção da capela e bem assim
de vários santos ali venerados.
No altar principal cultua a memória de
Cristo Crucificado, sob a invocação do Bom Jesus do Monte; em pequenos altares
laterais são venerados o mártir São Sebastião e Nossa Senhora da Piedade.
A Catedral
Basílica de Nossa Senhora do Pilar, também conhecida como Matriz de
Nossa Senhora do Pilar, é a sede da Diocese de São João Del Rei,
em Minas
Gerais, Brasil.
É um grande representante da arte colonial brasileira, contendo rica decoração
em talha
dourada, pinturas e estatuária, sendo tombada pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A
história da Basílica está intimamente ligada à história da cidade e inicia em
princípios do século XVIII, quando foi levantada entre 1703 e 1704 uma capela
de pau a
pique coberta de palha no alto do Morro da Forca dedicada à Virgem do
Pilar. Em torno desta capela, a primeira do povoado, formou-se um arraial. Em
1709 esta capela foi incendiada durante a Guerra dos Emboabas.
Poucos
anos mais tarde a Irmandade do Santíssimo Sacramento,
fundada em 1711 e reservada aos homens brancos mais abastados da povoação,
desejou erguer novo templo para substituir a capela primitiva que fora
destruída, mas localizando-o no centro da vila. A licença para a construção foi
concedida em 12 de setembro de 1721, com um desenho de Francisco de Lima Cerqueira para
a fachada.
Pintura
no teto da nave, atribuída a Venâncio José do Espírito Santo
As
obras correram rápido e em 1732 já estava com as paredes principais levantadas,
e os portais, altares e capela-mor já estavam prontos. Neste ano vieram de
Portugal materiais para completar a decoração, incluindo folhas de ouro, tintas
e duas pinturas em painel, A Última Ceia e Jesus em
Casa de Simão. Os trabalhos foram encerrados em 1750, completando-se as
torres e o forro da nave.
A Igreja de São Francisco de Assis é um templo católico fundado pela Venerável
Ordem Terceira de São Francisco de Assis na cidade São João Del Rei. A igreja, começada em 1774, é um dos principais marcos da arte
colonial brasileira, tornando-se famosa pela beleza de sua arquitetura, pela
riqueza de sua talha e pela participação nas obras do mestre Aleijadinho, autor do projeto, mais tarde modificado por Francisco Cerqueira. Devido à sua importância, a igreja foi tombada
pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) junto com todo o seu acervo.
A história da Igreja de São Francisco de Assis remonta a 8 de março de
1749, quando foi fundada a Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis,
ou ainda Venerável
Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis. A ordem foi canonicamente ereta pelo
então Bispo de Mariana Dom Frei Manoel da Cruz.
A Ordem ergueu uma capela para seu culto, mas com o tempo ela se
deteriorou. Em 1772 foi decidida a construção de uma igreja nova e maior. Os
preparativos iniciaram imediatamente. O Aleijadinho foi
contratado para elaborar o projeto da estrutura e da decoração, e em 1774 Francisco de Lima Cerqueira foi encarregado de iniciar os trabalhos
de alvenaria, mas ele introduziu modificações nas torres,
nas pilastras do arco do cruzeiro, nos óculos da nave e na disposição da sacristia.
Em 1781 a capela-mor estava essencialmente pronta, tendo contado
com a colaboração do mestre Francisco de Lima e Silva. O altar-mor foi construído a partir de um
projeto de Aleijadinho, modificado por Cerqueira e executado por Luís Pinheiro de Souza. Cerqueira responsabilizou-se também pela execução
de quase todas as esculturas e obras de talha, mas os dois altares do arco
cruzeiro são considerados fruto direto do Aleijadinho.
Até 1804 haviam sido terminados a nave e os demais trabalhos no corpo da igreja. Em 1809 Aniceto de Souza Lopes concluiu as torres e o coro, além de executar, segundo o IPHAN, os relevos do frontão e do frontispício da portada. Alguns estudiosos pensam, porém, que os relevos da portada são realização pessoal de Aleijadinho
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