quinta-feira, 7 de setembro de 2023

116 - Viagem 2023 - Terceira etapa - São João Del Rei

 São João Del Rei

São João Del Rei foi fundada entre 1704 e 1705, inicialmente chamada de Arraial Novo do Rio das Mortes. A cidade foi criada para ser um ponto de entreposto entre Paraty-RJ e as cidades da região central de Minas Gerais, mas a descoberta de ouro na região fez com que São João Del Rei também se tornasse ponto de mineraçãoA cidade foi um importante centro econômico e cultural no período colonial brasileiro, tendo sido ponto de partida para a exploração do interior do país. São João Del Rei é conhecida por suas igrejas barrocas, ruas de paralelepípedos e casarões coloniais preservados.







 

Nossa Senhora das Mercês é uma das designações atribuídas à Virgem Maria na Igreja Católica.

A devoção originou-se na Espanha, daí também ser conhecida por Nossa Senhora das Mercedes, e foi popularizada pelo frades da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por São Pedro Nolasco. Foi considerada protetora dos cristãos cativos dos mouros na África, principalmente os marinheiros e mercadores subjugados no Mar Mediterrâneo. A devoção chegou a Portugal, onde difundiu-se de Alenquer para Santarém e para Lisboa. A devoção foi trazida pelos frades mercedários para o Brasil, onde floresceram diversas confrarias, formadas principalmente por escravos, os quais consideravam Nossa Senhora das Mercês padroeira de sua libertação. 











Igreja de Nossa Senhora do Carmo localiza-se no Largo do Carmo da cidade de São João del-Rei. É uma das principais igrejas coloniais da cidade.

Erguida na fase áurea do rococó, a igreja traz inovações do estilo: a portada ricamente decorada por elementos escultóricos e as torres octogonais ligeiramente recuadas do plano da fachada.

O interior apresenta obra de talha de magnífica execução, mas sem o douramento comum às igrejas coloniais mineiras. No consistório há um conjunto de mesa com oito pés e cadeiras de alto espaldar em jacarandá, típico do período setecentista, atribuído ao artista Manuel Rodrigues Coelho, que realizou a capela-mor, os púlpitos e o medalhão do arco cruzeiro.

Na capela-mor há duas telas do pintor alemão Georg Grimm. Na nave central destaca-se uma imagem inacabada de Cristo sem braços. 








A Paróquia do Senhor Bom Jesus do Monte, em São João Del Rei, foi criada por Decreto Episcopal em 1º de Abril de 1999 e a quase totalidade de seu território desmembrado da Paróquia Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar. Como primeiro pároco, foi designado o Padre Jose Roberto Vale Silva, e segundo é o Padre Ilton de Paula Resende.

Não se conhece a autoria da imagem do Bom Jesus, por existirem documentos do início da construção da capela e bem assim de vários santos ali venerados.

No altar principal cultua a memória de Cristo Crucificado, sob a invocação do Bom Jesus do Monte; em pequenos altares laterais são venerados o mártir São Sebastião e Nossa Senhora da Piedade.




Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, também conhecida como Matriz de Nossa Senhora do Pilar, é a sede da Diocese de São João Del Rei, em Minas GeraisBrasil. É um grande representante da arte colonial brasileira, contendo rica decoração em talha dourada, pinturas e estatuária, sendo tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

A história da Basílica está intimamente ligada à história da cidade e inicia em princípios do século XVIII, quando foi levantada entre 1703 e 1704 uma capela de pau a pique coberta de palha no alto do Morro da Forca dedicada à Virgem do Pilar. Em torno desta capela, a primeira do povoado, formou-se um arraial. Em 1709 esta capela foi incendiada durante a Guerra dos Emboabas.

Poucos anos mais tarde a Irmandade do Santíssimo Sacramento, fundada em 1711 e reservada aos homens brancos mais abastados da povoação, desejou erguer novo templo para substituir a capela primitiva que fora destruída, mas localizando-o no centro da vila. A licença para a construção foi concedida em 12 de setembro de 1721, com um desenho de Francisco de Lima Cerqueira para a fachada.

Pintura no teto da nave, atribuída a Venâncio José do Espírito Santo

As obras correram rápido e em 1732 já estava com as paredes principais levantadas, e os portais, altares e capela-mor já estavam prontos. Neste ano vieram de Portugal materiais para completar a decoração, incluindo folhas de ouro, tintas e duas pinturas em painel, A Última Ceia e Jesus em Casa de Simão. Os trabalhos foram encerrados em 1750, completando-se as torres e o forro da nave.










Igreja de São Francisco de Assis é um templo católico fundado pela Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis na cidade São João Del Rei. A igreja, começada em 1774, é um dos principais marcos da arte colonial brasileira, tornando-se famosa pela beleza de sua arquitetura, pela riqueza de sua talha e pela participação nas obras do mestre Aleijadinho, autor do projeto, mais tarde modificado por Francisco Cerqueira. Devido à sua importância, a igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) junto com todo o seu acervo.

A história da Igreja de São Francisco de Assis remonta a 8 de março de 1749, quando foi fundada a Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis, ou ainda Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco de Assis. A ordem foi canonicamente ereta pelo então Bispo de Mariana Dom Frei Manoel da Cruz.

A Ordem ergueu uma capela para seu culto, mas com o tempo ela se deteriorou. Em 1772 foi decidida a construção de uma igreja nova e maior. Os preparativos iniciaram imediatamente. O Aleijadinho foi contratado para elaborar o projeto da estrutura e da decoração, e em 1774 Francisco de Lima Cerqueira foi encarregado de iniciar os trabalhos de alvenaria, mas ele introduziu modificações nas torres, nas pilastras do arco do cruzeiro, nos óculos da nave e na disposição da sacristia.

Em 1781 a capela-mor estava essencialmente pronta, tendo contado com a colaboração do mestre Francisco de Lima e Silva. O altar-mor foi construído a partir de um projeto de Aleijadinho, modificado por Cerqueira e executado por Luís Pinheiro de Souza. Cerqueira responsabilizou-se também pela execução de quase todas as esculturas e obras de talha, mas os dois altares do arco cruzeiro são considerados fruto direto do Aleijadinho.

Até 1804 haviam sido terminados a nave e os demais trabalhos no corpo da igreja. Em 1809 Aniceto de Souza Lopes concluiu as torres e o coro, além de executar, segundo o IPHAN, os relevos do frontão e do frontispício da portada. Alguns estudiosos pensam, porém, que os relevos da portada são realização pessoal de Aleijadinho

























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